INTRODUÇÃO
"Jeremias era extremamente solitário, e Paulo teve às vezes de encarar as maiores provações sozinho, mas Jesus Cristo estava com eles e era suficiente para eles. Você diz: “Mas eu não sou Jeremias ou Paulo”. Certo, e enquanto continuar pensando dessa forma você nunca será qualquer coisa parecida com eles. Você não é Jeremias ou Paulo, mas confia no mesmo Jesus Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e sempre, e assim não existe nenhuma diferença. Logo, jamais devemos sacrificar a suficiência de Cristo para preservar a importância da comunhão na igreja. E se você não pode passar o dia sem depender de outro homem para sustentá-lo, ao menos não infecte os outros com a sua incredulidade e fraqueza. Assim também, pregadores que negam a suficiência de Cristo para o indivíduo a fim de preservar a importância da comunidade deveriam ser repelidos. A igreja é de fato plano de Deus, mas não para o propósito de sobrevivência espiritual do indivíduo. Jesus Cristo é suficiente - mais que suficiente - para cada pessoa à parte da comunidade. Isso é inegociável". [Autor incógnito]
A Reunião com os irmãos (Eclesia) é um plano de Deus, mas NUNCA se tratou de uma regra para a sobrevivência espiritual e permanência na presença do Altíssimo. De outro modo, o próprio Cristo estaria quebrando tal mandamento que se mostra inexistente. Apesar das reviravoltas para se tentar explicar a "dependência de se estar em um templo para ser santo", o termo grego “Eclésia” – Tirados Para Fora - termina tendo o seu legítimo significado de sempre -> CONGREGAÇÃO OU ASSEMBLÉIA, que pode estar em qualquer lugar e em qualquer horário, seja no campo, na rua ou num templo. Não podemos nos apegar à “Reunião nos templos” como regra de fé e santidade, mas como um fator de fortalecimento e comunhão com nossos membros (irmãos) e nada mais do que isso.
● QUANDO INSTITUÍMOS O QUE NÃO FOI INSTITUÍDO
Aqueles que instituem uma suposta regra inexorável de que deve-se estar dentro de um certo templo, em um suposto “dia santo” e atribuem a esse dia um valor espiritual acima dos demais dias da semana está a cometer um grave pecado para suportar. Tais homens devem parar de defender causas próprias e de dizer o que Deus NUNCA disse, pois está escrito:
-> "O profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá". (Deuteronômio 18:20).
-> "Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro". (Apocalipse 22:18,19)
-> "Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é o meu trono,e a terra o estrado dos meus pés.Que casa me edificareis? diz o Senhor,Ou qual é o lugar do meu repouso? Porventura não fez a minha mão todas estas coisas? Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais". (Atos 7:48-51)
-> "Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade". (João 4:19-24)
● A ESCRITURA ESTÁ ACIMA DA TRADIÇÃO
A doutrina SOLA SCRIPTURA (Latim - Somente a Escritura) é o principio no qual a Bíblia tem primazia ante a Tradição legada pelo magistério da Igreja, quando os princípios doutrinários entre esta e aquela forem conflitantes. Na Reforma, não se rejeita a Tradição; ela continua a ser usada como legitimadora para qualquer assunto omitido pela Bíblia. Quando há divergências entre Bíblia e tradição, a Bíblia terá primazia. O Calvinismo (ou, Monergismo), ao contrário do que os incautos pensam, não se trata de uma pessoa, mas de uma sistematização do evangelho. Adotamos o princípio de que a "A Escritura interpreta a própria Escritura.", isto é, ela nos é suficiente como única fonte de doutrina e prática cristãs, em todos aspectos. Este princípio sustenta que as Sagradas Escrituras tem a palavra final em tudo que discutimos, independente do que o homem (seja pastor, presbítero ou qualquer outra coisa) venha a dizer contra o que está bem fundamentado e respondido hermeneuticamente pela Bíblia. Portanto, embora seja tradição da Igreja a reunião nos templos, isso não deve ser tratado como regra escriturística ou ainda usado como pretexto para a avareza -- “dependência e amor à coisas tangíveis -- para uma vida santa e agradável a Deus. Isso é heresia... é dizer o que o SENHOR NUNCA DISSE.
● QUAL O LUGAR DE SE ADORAR A DEUS?
Visto que os membros do Corpo de Cristo, estando uma vez juntos, devem se reunir em algum lugar, qual é o local adequado ou mais correto para se adorar a Deus?
A Confissão de fé de Westminster esclarece da seguinte forma:
“Agora, sob o Evangelho, nem a oração, nem qualquer outro ato do culto religioso é restrito a um certo lugar, nem se torna mais aceito por causa do lugar em que se ofereça ou para o qual se dirija, mas, Deus deve ser adorado em todo o lugar, em espírito e verdade - tanto em famílias diariamente e em secreto, estando cada um sozinho, como também mais solenemente em assembléias públicas, que não devem ser descuidosas, nem voluntariamente desprezadas nem abandonadas, sempre que Deus, pela sua providência, proporciona ocasião”.
João 5:21; Mal. 1:11; I Tim. 2:8; João 4:23-24; Jer. 10: 25; Jó 1:5; II Sam. 6:18-20; Deut. 6:6-7; Mat. 6: 11, e 6:6; Isa. 56:7; Heb. 10:25; Prov. 5:34; At. 2:42.
- Confissão de fé de Westminster – Cap. XXI
● CONCLUSÃO
Se me perguntarem: A Congregação deve ser mantida? Então responderei: Sim, claro; somos um só Corpo, o qual Cristo é a Cabeça e nós os seus membros, e devemos estar bem ajuntados.
Todavia, se me perguntarem: A Congregação é necessária e imprescindivelmente ordenada para que possamos nos achegar a Deus e aos seus sacramentos, de modo a compactuar com o erro em prol da união, levando-o a passar por cima do evangelho em favor de um templo? E eu responderei: NÃO. Cristo me é suficiente, sei em quem tenho crido e NÃO necessito disso para minha vida cristã, embora, neste momento, esteja me sendo concedido tempo, disposição e lugar para isso.
{Autor JP Padilha}
{SolaScriptura}
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